sábado, 16 de junho de 2012

ATIVIDADE 3 – BIBLIOTECA: FORMAS DE TRABALHAR COM A MÍDIA IMPRESSA NO MEIO DIGITAL. Profº Cicero Brito de Andrade


UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MIDIAS NA EDUCAÇÃO
TURMA: ME0803
MÓDULO 5 - MATERIAL IMPRESSO


CÍCERO BRITO DE ANDRADE


ATIVIDADE 3 – BIBLIOTECA: FORMAS DE TRABALHAR
COM A MÍDIA IMPRESSA NO MEIO DIGITAL

Atividade apresentada ao Curso de Formação Continuada em Mídias na Educação, referente ao Módulo Básico da Mídia Material Impresso.
Tutora: Profª Josenilde Azevedo Pinto

CAXIAS-MA
2009

1        INTRODUÇÃO:

Este trabalho contém uma atividade do Módulo 5 - Material Impresso, que consiste em ampliar as leituras sobre textos no contexto da era digital fazendo uma produção textual sobre as formas de trabalhar com texto no meio digital destacando um dos seguintes temas abaixo:
v    Validade e pertinência das práticas pedagógicas e dos procedimentos didáticos atualmente utilizados para ensinar a ler e a escrever ante a possibilidade de os materiais de leitura utilizados pelos alunos estarem em formato eletrônico;
v    As mudanças que as novas tecnologias da escrita disponibilizadas pelo computador e pela Internet imprimem no meio educativo;
v    Integração da oralidade e escrita na Internet;
v    Possibilidades de texto e escrita na Internet;
v    Diferenças no nível de compreensão e de aprendizagem do estudo de um documento apresentado em formato eletrônico em relação ao texto impresso em papel;
v    Distinção entre autor e leitor num hipertexto.

2        COMENTÁRIOS:
Integração da oralidade e escrita na Internet:
O hipertexto é segundo Tosca (1999, p.575), “basicamente um texto não-linear em que o leitor tem a possibilidade de ‘navegar’ a seu gosto”. A metáfora faz referência ao fato de que a tecnologia informática possibilita o hipertexto, ou seja: um texto na tela unido a outros textos por meio de nexos que o leitor ativa à vontade, passando livremente de um fragmento a outro.
Toda escritura pode ser considerada um tipo de tecnologia, desde os primitivos monólitos (escritos egípcios feitos em pedra, estelas mesopotâmicas, pizarras célticas, etc.) à tela do computador, passando pela tabuinha de cera, o papiro, o pergaminho e muitas outras ferramentas de escritura entre as que se inclui o texto impresso (livro, jornal, revista, folheto, entre outros). O suporte material determina o modo como escrevemos e também nossa atitude como leitores dessa construção textual. Dizer que a leitura de um livro ou de um jornal impresso parece mais natural do que a leitura via computador talvez seja somente questão de tempo e hábito. A escritura eletrônica não deve ser encarada como um meio antinatural, mas apenas mais uma etapa de um processo evolutivo de tecnologias da escritura. Na visão de Bolter:
(...) a escritura eletrônica dá nova vida a tecnologias marginais do passado. A escritura eletrônica compartilha com a tabuinha de cera a capacidade de mudar rapidamente. Com a máquina de escrever compartilha o teclado (ao menos de momento), sua seleção de elementos alfabéticos e sua uniformidade mecânica. O computador pode servir de fotocopiadora, de agenda, de calendário ou de máquina de teletipos.

Para um escritor não pode ser o mesmo escrever em papiro, em papel com lápis ou caneta ou em impresso, não somente a estrutura, mas também os conteúdos vêm-se afetados pelo suporte com o qual o texto é produzido: se manuscrito, impresso (texto datilografado, folheto, jornal, revista, livro etc.) ou hipertexto (e-mails4, fóruns eletrônicos, chats ou salas de bate-papo, blogs5, home page6, etc.), e a quem se destina o texto.
Segundo Tosca (1999), o escritor de hipertexto se vê diante de três tipos de mudança: técnica, estrutural e conceitual. O primeiro tipo tem a ver com seu suporte: a escritura eletrônica no computador. Os outros dizem respeito à ruptura da linearidade como característica essencial do hipertexto. Para construir seu texto, o escritor precisa ser capaz de dominar e de combinar várias linguagens: a oral, a escrita, a visual, a informática, entre outras.
Enquanto o texto é uma estrutura linear hierarquizada em grau forte, com elementos textuais, mais ou menos autônomos, que se ligam de modo coeso e coerente por relações de ordem, o hipertexto é uma estrutura de rede, cujos elementos textuais são elos relacionados de modo não-linear e pouco hierarquizados.
 Em linhas gerais, Marcuschi (1999) resume as características do hipertexto como segue:
a- não-linearidade: característica central que se refere à flexibilidade de navegação permitida pelos elos ou nós;
b- volatilidade: característica relacionada à própria natureza do suporte, que torna o hipertexto algo essencialmente virtual, já que não existe estabilidade hipertextual porque as escolhas e as conexões estabelecidas pelos usuários (escritores/leitores) são efêmeras;
c- topografia: trata-se de um espaço de escritura/leitura sem limites definidos, não hierárquico ou tópico;
d- fragmentariedade: característica também central que “consiste na constante ligação de porções em geral breves com sempre possíveis retornos ou fugas”;
e- acessabilidade ilimitada: podem-se buscar informações em sites os mais variados possíveis;
f- multissemiose: a linguagem não se limita à alfabética e é possível trabalhar de modo simultâneo e integral com outras linguagens não-verbais, tais como: visual, gestual, cinematográfica, musical (cf. Bolter, 1991: 27);
g- interatividade: característica semelhante a da interação face a face, com dois ou mais interlocutores em tempo real, refere-se à interconexão interativa do usuário navegador (ou leitor) com uma variedade de textos e autores;
h- iteratividade: diz respeito à polifonia e a intertextualidade, isto é, as várias formas de recursividade a notas, citações, consultas de/a outros (hiper)textos.
                     
3        CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este documento buscou abordar questões relacionadas à natureza dos textos da era digital destacando as formas de trabalhar com texto no meio digital que são construídos na internet1, o chamado hipertexto: texto construído eletronicamente, produto lingüístico das novas tecnologias de escritura, que materializam elementos próprios da oralidade e/ou da escrita. Essas novas tecnologias geram variadas e heterogêneas práticas sociais que são articuladas e propagadas pela linguagem. Em síntese, o hipertexto é construído sem uma fronteira nítida entre a oralidade e a escrita, fronteira essa que “parece se dissolver de maneira relevante no ciberespaço desse instrumento cultural, que é o computador”. Os usuários da internet (escritor e leitor) defrontam-se com um novo processo de construção (hiper) textual que mescla formas e funções da oralidade, da escrita e da leitura.
4  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Módulo Introdutório - Integração de Mídias na Educação. Disponível em www.eproinfo.mec.gov.br. Acesso no período de: 14 a 17/07/2009.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipédia.org > Acesso no período de: 14 a 17/07/2009.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/showLesson.action?lessonId=1342>. Acessado no período de: 14 a 17/07/2009.




                                                          

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