UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MIDIAS NA EDUCAÇÃO
TURMA: ME0803
MÓDULO 5 - MATERIAL IMPRESSO
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MIDIAS NA EDUCAÇÃO
TURMA: ME0803
MÓDULO 5 - MATERIAL IMPRESSO
CÍCERO
BRITO DE ANDRADE
ATIVIDADE 3 – BIBLIOTECA: FORMAS DE TRABALHAR
COM A MÍDIA IMPRESSA NO MEIO DIGITAL
Atividade
apresentada ao Curso de Formação Continuada em Mídias na Educação, referente ao
Módulo Básico da Mídia Material
Impresso.
Tutora: Profª
Josenilde Azevedo Pinto
CAXIAS-MA
2009
1
INTRODUÇÃO:
Este trabalho contém uma atividade do Módulo
5 - Material Impresso, que consiste em ampliar as
leituras sobre textos no contexto da era digital fazendo uma produção textual sobre
as formas de trabalhar com texto no meio digital destacando um dos seguintes temas abaixo:
v
Validade e
pertinência das práticas pedagógicas e dos procedimentos didáticos atualmente
utilizados para ensinar a ler e a escrever ante a possibilidade de os materiais
de leitura utilizados pelos alunos estarem em formato eletrônico;
v
As mudanças que as
novas tecnologias da escrita disponibilizadas pelo computador e pela Internet
imprimem no meio educativo;
v
Integração da
oralidade e escrita na Internet;
v
Possibilidades de
texto e escrita na Internet;
v
Diferenças no nível
de compreensão e de aprendizagem do estudo de um documento apresentado em
formato eletrônico em relação ao texto impresso em papel;
v
Distinção entre
autor e leitor num hipertexto.
2
COMENTÁRIOS:
Integração
da oralidade e escrita na Internet:
O hipertexto é segundo Tosca (1999, p.575), “basicamente um texto
não-linear em que o leitor tem a possibilidade de ‘navegar’ a seu gosto”. A
metáfora faz referência ao fato de que a tecnologia informática possibilita o
hipertexto, ou seja: um texto na tela unido a outros textos por meio de nexos
que o leitor ativa à vontade, passando livremente de um fragmento a outro.
Toda escritura pode ser considerada um tipo de tecnologia, desde os
primitivos monólitos (escritos egípcios feitos em pedra, estelas mesopotâmicas,
pizarras célticas, etc.) à tela do computador, passando pela tabuinha de cera,
o papiro, o pergaminho e muitas outras ferramentas de escritura entre as que se
inclui o texto impresso (livro, jornal, revista, folheto, entre outros). O
suporte material determina o modo como escrevemos e também nossa atitude como
leitores dessa construção textual. Dizer que a leitura de um livro ou de um
jornal impresso parece mais natural do que a leitura via computador talvez seja
somente questão de tempo e hábito. A escritura eletrônica não deve ser encarada
como um meio antinatural, mas apenas mais uma etapa de um processo evolutivo de
tecnologias da escritura. Na visão de Bolter:
(...) a
escritura eletrônica dá nova vida a tecnologias marginais do passado. A
escritura eletrônica compartilha com a tabuinha de cera a capacidade de mudar
rapidamente. Com a máquina de escrever compartilha o teclado (ao menos de
momento), sua seleção de elementos alfabéticos e sua uniformidade mecânica. O
computador pode servir de fotocopiadora, de agenda, de calendário ou de máquina
de teletipos.
Para um escritor não pode ser o mesmo escrever em papiro, em papel com
lápis ou caneta ou em impresso, não somente a estrutura, mas também os
conteúdos vêm-se afetados pelo suporte com o qual o texto é produzido: se
manuscrito, impresso (texto datilografado, folheto, jornal, revista, livro
etc.) ou hipertexto (e-mails4, fóruns eletrônicos, chats ou salas
de bate-papo, blogs5, home page6, etc.), e a quem se destina o
texto.
Segundo Tosca (1999), o escritor de hipertexto se vê diante de três
tipos de mudança: técnica, estrutural e conceitual. O primeiro tipo tem a ver
com seu suporte: a escritura eletrônica no computador. Os outros dizem respeito
à ruptura da linearidade como característica essencial do hipertexto. Para
construir seu texto, o escritor precisa ser capaz de dominar e de combinar
várias linguagens: a oral, a escrita, a visual, a informática, entre outras.
Enquanto o texto é uma estrutura linear hierarquizada em grau forte, com
elementos textuais, mais ou menos autônomos, que se ligam de modo coeso e
coerente por relações de ordem, o hipertexto é uma estrutura de rede, cujos
elementos textuais são elos relacionados de modo não-linear e pouco
hierarquizados.
Em linhas gerais, Marcuschi
(1999) resume as características do hipertexto como segue:
a- não-linearidade: característica central que se refere à
flexibilidade de navegação permitida pelos elos ou nós;
b- volatilidade: característica relacionada à própria natureza do
suporte, que torna o hipertexto algo essencialmente virtual, já que não existe
estabilidade hipertextual porque as escolhas e as conexões estabelecidas pelos
usuários (escritores/leitores) são efêmeras;
c- topografia: trata-se de um espaço de escritura/leitura sem
limites definidos, não hierárquico ou tópico;
d- fragmentariedade: característica também central que “consiste
na constante ligação de porções em geral breves com sempre possíveis retornos
ou fugas”;
e- acessabilidade ilimitada: podem-se buscar informações em sites
os mais variados possíveis;
f- multissemiose: a linguagem não se limita à alfabética e é
possível trabalhar de modo simultâneo e integral com outras linguagens
não-verbais, tais como: visual, gestual, cinematográfica, musical (cf. Bolter,
1991: 27);
g- interatividade: característica semelhante a da interação face
a face, com dois ou mais interlocutores em tempo real, refere-se à interconexão
interativa do usuário navegador (ou leitor) com uma variedade de textos e
autores;
h- iteratividade: diz respeito à polifonia e a intertextualidade,
isto é, as várias formas de recursividade a notas, citações, consultas de/a
outros (hiper)textos.
3
CONSIDERAÇÕES
FINAIS:
Este documento buscou abordar questões
relacionadas à natureza dos textos da era digital destacando as formas de trabalhar com texto no meio digital que
são construídos na internet1, o chamado
hipertexto: texto construído eletronicamente, produto lingüístico das novas
tecnologias de escritura, que materializam elementos próprios da oralidade e/ou
da escrita. Essas novas tecnologias geram variadas e heterogêneas práticas
sociais que são articuladas e propagadas pela linguagem. Em síntese,
o hipertexto é construído sem uma fronteira nítida entre a oralidade e a
escrita, fronteira essa que “parece se dissolver de maneira relevante no
ciberespaço desse instrumento cultural, que é o computador”. Os usuários da
internet (escritor e leitor) defrontam-se com um novo processo de construção
(hiper) textual que mescla formas e funções da oralidade, da escrita e da
leitura.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Módulo
Introdutório - Integração de Mídias na
Educação. Disponível em www.eproinfo.mec.gov.br. Acesso no período de: 14 a 17/07/2009.
WIKIPÉDIA,
a enciclopédia livre. Disponível em:
http://pt.wikipédia.org > Acesso no período de: 14 a 17/07/2009.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/showLesson.action?lessonId=1342>. Acessado no período de: 14 a
17/07/2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário